Existe ciência sob o viés do preconceito?
Dieta Paleolítica e Dieta Low Carb

Existe ciência sob o viés do preconceito?




Existe Ciência sob o viés do Preconceito?

O Estudo na China: As surpreendentes implicações para a dieta, perda de peso, e saúde a longo prazo 




Revisão do livro de título original: “The China Study: Startling Implications for Diet, Weight Loss, and Long-Term Health”, de T. Colin Campbell
BenBella Books
Revisão de Chris Masterjohn
  

Foi crescendo em uma das muitas fazendas leiteiras da paisagem americana rural que o jovem T. Colin Campbell formou as visões que formariam a fase inicial de sua carreira. O leite de vaca, "o mais perfeito alimento da natureza” foi primordial para a subsistência de sua família e sua comunidade. A maior parte da alimentação que a família de Campbell comeu foi produzida por eles mesmos. Campbell ordenhou vacas entre seus cinco anos até os anos de academia. Ele estudou nutrição animal em Cornell, e fez sua pesquisa de PhD de forma a tornar o crescimento de vacas e ovelhas de forma mais rápida, de forma que a provisão alimentar Americana poderia ser incrementado com cada vez mais proteína1.
Indo rapidamente para o presente, Campbell está agora no conselho consultivo do Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável2 que descreve a si mesmo como "uma organização sem fins lucrativos que promove profilaxia, pesquisa de condutas clínicas, e encoraja padrões mais altos para ética e efetividade em pesquisa3," mas seu viés pró-vegan de trabalho reflete suas ligações com grupos como o PETA (Pessoas para o Tratamento Ético de Animais) e outros grupos de direitos para os animas.4
O novo livro de Campbell “O Estudo da China: Implicações surpreendentes para Dieta, Perda de Peso, e Saúde A longo prazo” chegou às livrarias em janeiro de 2005 e detalha os pontos decisivos de sua pesquisa avançada que levou Campbell a se tornar um conhecido oponente aos alimentos de origem animal e um advogado de dietas vegan estritas. O leitor é levado a uma excursão às primeiras experiências animais de Campbell, que ele interpretou implicar a proteína animal como uma causa primária de câncer, pelo estudo epidemiológico volumoso que teria dado nome ao livro. Porém apenas 39 das 350 páginas são realmente dedicadas ao Estudo da China. A atrevida declaração na página 132 diz que "comer alimentos que contêm qualquer colesterol acima de 0 mg é insalubre,"5 é extraída de um ampla - e altamente seletiva - combinações de pesquisas. A rigor, capítulo após capítulo, se revela o pesado preconceito e a seletividade com que Campbell conduziu, interpretou, e apresentou sua pesquisa.
Proteína e Câncer
O primeiro golpe contra o mantra pró-proteína Campbell herdou de seus antepassados nutricionais veio enquanto ele estava estudando a relação entre aflatoxin (AF), um contaminante relacionado a fungos, freqüentemente encontrado na manteiga de amendoim, e o câncer, nas Filipinas. Campbell foi informado por um colega sobre isto, embora as áreas com o consumo mais alto de manteiga de amendoim tivessem a incidência mais alta de câncer de fígado, foram as crianças das "famílias mais bem alimentadas," que consumiram mais proteína, que estavam tendo câncer de fígado. Entretanto se essas famílias mais bem nutridas das Filipinas comessem os vários tipos alimentares das dietas modernas como pães e açúcares refinados, isso não foi mencionado. 6
Esta observação seria confirmada por um estudo, publicado em "um obscuro periódico médico," em que dois grupos de ratos foram alimentados com AF, um grupo consumindo 5 por cento de proteína na dieta, e outro consumindo 20 por cento de proteína na dieta; esse último grupo teve câncer de fígado ou lesões precursoras em todos os integrantes, e nenhum do primeiro grupo ficou com câncer de fígado ou lesões precursoras. 7
Campbell continuou a investigar a relação possível entre fatores nutricionais, inclusive proteína, e câncer, em um estudo que prosseguiu por 19 anos com financiamento do NIH (Institutos Nacionais de Saúde). 8 Sua conclusão era revolucionária e provocativa: enquanto os carcinógenos químicos podem iniciar o processo do câncer, os promotores e anti-promotores dietéticos controlariam o fomento de nutrição do câncer,9 assim os fatores nutricionais, e não os carcinógenos químicos, que em última análise seriam os fatores do desenvolvimento de câncer.10 Após os 19 anos de pesquisa deste projeto que nos deixou com mais perguntas do que respostas, deixaram T. Colin Campbell com os alicerces de conclusões sem comprovação em que ele construiu sua torre de propaganda vegan.
Campbell começou a seus estudos usando AF como um iniciador da fomentação do câncer e a proteína de leite caseína como a proteína promotora do estudo. Seus resultados confirmaram antigos resultados de outros pesquisadores: Uma curva de resposta a dose existia entre AF e câncer na dieta com 20 por cento de caseína na dieta, mas desapareceria com 5 por cento de proteína na dieta.11 Ele verificou que ajustando o consumo de proteína nos mesmos ratos se poderia ligar a promoção do câncer como se fosse um interruptor,12 e verificou que a caseína teria o mesmo efeito quando outros iniciadores de câncer, como o vírus da hepatite B, eram empregados.13
Ao invés de lançar uma ampla acusação que abrangeria toda proteína, Campbell reconheceu que estudos sobre outras proteínas seriam exigidos antes de generalizar, da mesma maneira que o estudo de outros instigadores de câncer seriam exigidos antes de outras generalizações. A proteína de soja e do trigo foram ambas estudadas em vez de caseína, e ambas foram reconhecidas em não ter o efeito promotor de câncer da caseína.14 Estranhamente, a relutância do Campbell em fazer generalizações não comprovadas terminaria aqui. Após descrever brevemente um pouco da pesquisa que relatava um efeito protetor dos carotenóides contra o câncer, Campbell conclui o capítulo de suas pesquisas com animais assinalando o seguinte mandamento padrão: "Nutrientes de alimentos de origem animal aumentam o desenvolvimento de tumores enquanto os nutrientes de comidas derivadas de vegetais reduzem o desenvolvimento de tumores."15 (Itálicos do autor.)
A generalização da proteína de leite caseína para todos "os nutrientes de comidas baseadas em origem animal" é obviamente não comprovada. Se Campbell tomou precaução para estudar o assunto adicional antes de generalizar da caseína para todas as proteínas, por que ele não tomou a mesma precaução antes de generalizar de caseína para todas as proteínas animais ou todos os nutrientes de origem animais? Realmente, Campbell mais tarde reconhece que ele está fazendo esta generalização:  "a caseína, e muito provavelmente todas as proteínas animais, podem ser a causa mais relevante para o câncer entre as substâncias que nós consumimos."16 Por que esta generalização é "muito provável" de ser uma verdade remonta inexplicada.
Campbell está ciente de que a caseína tem estado implicada exclusivamente em problemas de saúde, e dedica um capítulo inteiro para capacidade da caseína para gerar doenças auto-imunes. 17 A proteína do trigo parece ter um efeito protetor contra o câncer do intestino, algo que a caseína não possui.18 Qualquer efeito da caseína, então, não pode ser ampliado para as outras proteínas do leite, e fica isolado de todas as demais proteínas animais. Outras questões, como que tipos de efeito tem os diferentes tipos de processamento industrial sobre a capacidade da caseína em promover crescimento de tumores permanecem sem resposta. A pasteurização, a desidratação sob baixa temperatura, a secagem a alta temperatura (que produz carcinógenos), e a fermentação, todos esses processo afetam a estrutura da caseína de diferentes formas e assim podem afetar seu comportamento fisiológico. Qual a força que a caseína isolada tem sobre os ratos, que nos traz informações muito discretas, comparando com as formas de leite tradicionalmente consumidas pelos humanos e, adicionalmente, não traz qualquer informação que possa ser generalizada para todos "os nutrientes de origem animal." Além disso, Campbell falha em tratar os problemas da depleção de vitamina A pelo excesso de proteína isolada, sem o devido suporte dos nutrientes ricos em gorduras que acompanham os alimentos com proteína em estado natural.
Lições da China
No início dos anos 1980, junto com Chen Junshi, Li Junyao, e Richard Peto, T. Colin Campbell presidiu um mastodôntico estudo epidemiológico referido como “THE CHINA PROJECT” (O Projeto da China), ou China Study. O jornal The New York Times denominou isso como "Um Grand Prix de Epidemiologia,", pois ele arregimentou dados em 367 variáveis em sessenta e cinco municípios e 6.500 adultos. Incrivelmente, a partir de 8.000 associações de significado estatístico, Campbell foi capaz de desenhar apenas um único princípio unificador: "As pessoas que comem mais alimentos baseados em fontes animais obtinham mais doença crônicas... As pessoas que comem mais alimentos de fontes vegetais eram as mais saudáveis e tendiam a evitar doença crônica."19
O estudo utilizou questionários retornáveis, observação direta e mensuração de consumo por períodos superiores à três dias, e amostras sangue.20 As amostras de sangue foram combinadas em várias associações para cada aldeia e por gênero.21 Isso gerou a desvantagem de diminuir dramaticamente o número de pontos estatísticos proporcionais ao número enorme de correlações possivelmente gerados, e a vantagem de permitir que o sangue fosse examinado em inúmeras variáveis a mais do que poderia ser possível usando amostras isoladas.
Um dos benefícios do projeto do Estudo da China seria que a bagagem genética dos sujeitos do estudo tinha pouca variabilidade, enquanto existia uma grande variação entre as taxas de câncer e de outras doenças. Enquanto as pesquisas dietéticas foram conduzidas no outono de 1983,22 as taxas de mortalidade foram tomadas uma década antes entre 1973 e 1975.23 Áreas rurais foram, deste modo, deliberadamente selecionadas para assegurar que as pessoas dessas áreas tivessem vivido a maior parte de suas vidas naqueles locais e tivessem comido as mesmas comidas nativas e tradicionais daquela área. Dessa forma os dados de mortalidade combinariam com precisão com os dados dietéticos.
Uma das desvantagens do estudo seria que o insumo dos nutrientes foram determinados pelas tabelas de composição nutricional dos alimentos, ao invés de ser medido diretamente desses alimentos. 24 Isso não permitiu qualquer consideração das diferenças na composição dos nutrientes dos alimentos de áreas específicas devido à qualidade da terra, o que era um tema primário das pesquisas de Weston A. Price (estudioso da nutrição de populações tradicionais, NT). Outra desvantagem seria que o questionário não levou em conta adequadamente a diversidade de comidas de origem animal na dieta chinesa. Perguntas sobre a freqüência de consumo de alimentos marítimos, carne, ovos, e leite foi incluído, mas perguntas sobre carnes de órgãos e insetos não eram incluídos no questionário, nem foi diferenciado peixe de crustáceos, apesar dos perfis nutritivos muito diferentes entre esses alimentos. 25 Adicionalmente, a pesquisa da dieta de outono não podia levar em conta alimentos que não eram daquela estação.
O que é mais chocante o Estudo da China não é o que verificou, mas o contraste entre os relatórios apresentados por Campbell na sua publicação The China Studye os dados contidos nos originais da monografia. Campbell resume as 8.000 correlações com significância estatística verificados no Estudo da China na seguinte sentença: "As pessoas que comiam mais alimentos de origem animal tinham mias doença crônica."26 Ele também sustentou que, embora ele seja "um pouco difícil" em “demonstrar que os alimentos de origem animal se relacionam com taxas globais de câncer," não obstante “o consumo de proteína animal estava consistentemente associado, no Estudo da China, com a prevalência de câncer nas famílias."27
Mas os dados reais da publicação original configuram uma verdade diferente. A figura 1 mostra as correlações selecionadas entre macro-nutrientes e mortalidade por câncer. A maior parte deles não tem significado estatístico, o que representa que a probabilidade da correlação ser devido ao acaso é maior do que cinco por cento. É interessante observar, entretanto, o quadro geral que emerge. Açúcar, carboidratos solúveis, e a fibra alimentar, todos têm correlações com mortalidade por câncer mais ou menos sete vezes a magnitude daquela da proteína animal, e a gordura total e gordura como uma porcentagem das calorias foram, ambas, negativamente correlacionadas com a mortalidade por câncer. A única associação estatisticamente significante, entre o consumo de um macro-nutriente e mortalidade por câncer foi o grande efeito protetor pelo consumo de gordura total medido no questionário. Um inusitado interessante foi a existência de uma correlação negativa, altamente significante, entre mortalidade por câncer e os cigarros de fabricação caseira!28


A questão de Campbell para a associação entre comidas de origem animal e o câncer dentro do Estudo da China é embutida dentro de uma nota final. Campbell declara: "Todo e qualquer biomarcador relacionado à proteína animal está significativamente associado com as taxas de câncer em uma família."29 Acompanhando os dados associados a essa nota final, estes biomarcadores eram "cobre plasmático, uréia nitrogênio, estradiol, prolactina, testosterona, e, inversamente, a globulina ligadora dos hormônios sexuais (SHBG), cada um desses já reconhecidos em sua associação com consumo de proteína animal em estudos prévios."30
Uma vez que Campbell não cita estes "estudos prévios," o leitor fica a mercê da obscuridade da confiança das suas suposições. Os biomarcadores do sangue estão geralmente associados com padrões de consumo alimentar, e não pelo consumo de um determinado tipo de comida. Considerando que os padrões de consumo alimentar diferem em populações distintas, uma associação encontrada em um biomarcador em uma população não pode ser obrigatoriamente transposta para outra.31Por exemplo, pessoas que comem grãos integrais poderiam ter níveis mais altos de vitamina C, embora grãos integrais não contenham vitamina C. Isto poderia ser verdade em uma população onde as pessoas que comem grãos integrais tenderiam a comer mais frutas e legumes, mas não é verdade para outra população. Não está claro por que este modo indireto de medir o consumo de proteína animal é superior aos métodos diretos do estudo, como um questionário alimentar e as observações dietéticas.
Adicionalmente, a respeito dos biomarcadores mensurados, o estradiol só teve uma relação estatística significante com a proteína animal em mulheres com menos de 45 anos, tanto quanto a SHBG, ambas as quais tiveram correlações negativas em mulheres mais velhas entre 55 e 64 anos. Mas não existiu qualquer relação com significado estatístico entre proteína animal e testosterona em homens de qualquer idade, estando negativamente correlacionada em todos os grupos etários, mesmo nas mulheres, com exceção àquelas mais velhas entre 55 64 anos. A prolactina plasmática foi estatisticamente significativa com relação ao consumo de proteína animal somente no grupo de mulheres mais velhas, e estava negativamente correlacionada aos demais grupos etários. 32 Somente a uréia e o cobre foram consistentes e significativos indicadores de consumo de proteína animal, e destes dois só o cobre estaria significativamente relacionados à mortalidade por câncer.33
É difícil entender como Campbell pode, enfaticamente, deliberar a conclusão de que os alimentos de origem animal são a causa da maioria das doenças com tais dados.
Somente Metade da História?
Pelo título, se esperaria que o livro The China Study tivesse informações objetivas e completas derivadas do Estudo da China. A página um bravateia "ciência real" ao invés da "junk science" (ciência podre) e "dietas da moda." Na verdade Campbell constantemente apresenta só metade da história na maior parte do livro. Na parte II, Campbell apresenta a evidência incriminante dos produtos de origem animal como a causa de quase toda e qualquer doença. Ele cita várias médicos, inclusive o Dr. Caldwell Esselstyn Jr. e o Dr. Dean Ornish, que aclamaram ter podido reverter a doença cardíaca com base em dietas a base de vegetais, 34 e cita os Highlanders de Papua-Nova Guiné como um exemplo de uma sociedade tradicional sem a ocorrência de doença do coração, mas não faz nenhuma menção a George Mann e outros pesquisadores com as extensas pesquisas da população Masai (consumidores exclusivamente de alimentos de origem animal, NT) ou dos primitivos saudáveis de Weston A. Price. Nem mesmo que os programas de Ornish e Esselstyn envolviam mais do que a abstinência de alimentos de origem animal - especialmente o programa de Ornish, onde a dieta é só uma parte menor – e que não são vistos como um fator de incriminação dos alimentos de origem animal na doença do coração. Ele nem mesmo menciona o canibalismo ou as barrigas inchadas que acompanham as crianças famintas sob as dietas pobres em proteína dos Highlanders da Nova Guiné.35
Na discussão de Campbell sobre a diabete, ele conclui o seguinte: "alimentos ricos em fibra, alimentos integrais, baseadas em vegetais protegem contra a diabete, e alimentos ricos em gordura, e proteína de origem animal promovem diabete."36 Ele discute o possível papel do leite de vaca em causar diabete Tipo 1 via uma reação auto-imune, 37 mas não faz nenhuma menção de que o glúten do trigo foi implicado na diabete Tipo 1 por uma processo semelhante. 38 Ele também se omite em mencionar o papel do consumo da frutose como causa da resistência à insulina, 39,40 e o que o aumento do consumo de xarope com alto teor de frutose de milho está relacionado com o incremento da diabete.
Campbell discute o papel dos alimentos de origem animal em causar o câncer de próstata, 41 mas não faz nenhuma menção do poderoso papel preventivo que pesquisas atuais estão atribuindo para vitamina A, um nutriente encontrado nos alimentos de origem animal.42 Ele dedica 19 páginas para discutir o papel de leite da vaca em causar doenças auto imunes,43 mas zero páginas para o papel do glúten do trigo em causar doenças auto imunes.44 Campbell sugere que a gordura e o colesterol alimentar contribuam para o Alzheimer e discute os potenciais efeitos protetores dos alimentos vegetais,45 mas não faz nenhuma menção do efeito protetor da DHA (um tipo de lipídio, NT), um nutriente de alimentos animais, atualmente sob investigação.46
O Estudo da China freqüentemente ignora a contribuição de comidas de origem animal para certas classes de nutrientes, como vitaminas B e caroteno. Ambas essas classes de nutrientes são assumidas em advir de alimentos de origem vegetal, apesar das gemas de ovo e o leite de animais de pasto serem uma boa fonte de carotenos, e as altas taxas de vitamina B obtidas do fígado. Mas as mais curiosas declarações são vistas na página 220, onde Campbell declara, "Ácido Fólico é um componente derivado exclusivamente de comidas de origem vegetal como legumes verdes e folhosos."47 Essa é uma declaração inverossímil, considerando que o fígado de galinha contém 5.76 mcg/g de folato, comparado aos 1.46 mcg/g do espinafre!48 Um rápido exame do banco de dados do Dep. de Agricultura dos EUA (USDA) revela que os alimentos mais ricos em folato são provenientes de carnes de órgãos.
The China Study contém muitos pontos excelentes na sua crítica ao sistema de saúde, a ênfase no reducionismo das pesquisas nutricionais, a influência da indústria na pesquisa, e a necessidade de se obter nutrientes dos alimentos. Mas seu preconceito contra os produtos animais e a favor do veganismo* permeia cada capítulo e cada página. Menos que uma página de comentários, ao todo, foi gasta na discussão dos danos trazidos pelos produtos de carboidratos refinados (oriundas sempre de derivados do reino vegetal, NT). Campbell exercita precaução ao generalizar da caseína para as proteínas vegetais, mas livremente generaliza da caseína para a proteína animal. Ele completamente ignora o papel de glúten de trigo, um produto vegetal, nas doenças auto imunes, mas ele enfatiza o papel de proteína do leite, um produto animal nesse tema. O livro, que não chega a ser completamente sem valor, não é sobre o Estudo da China, nem mesmo é um olhar compreensivo para o estado atual das pesquisas de saúde. Seria mais honestamente intitulado de “A Compreensive Case for The Vegan Diet” (Um Estudo de Caso para a Dieta Vegan), e o leitor deveria ser advertido de que as evidências foram selecionadas, apresentadas, e interpretadas com o interesse de manter esse objetivo como única ambição.

OBS.: Veganismo: dieta restritiva que só permite, exclusivamente, a ingestão de alimentos de origem vegetal.
REFERÊNCIAS:
1. Campbell, T. Colin, PhD, with Thomas M. Campbell II, The China Study: Startling Implications for Diet, Weight Loss, and Long-Term Health, Dallas: BenBella Books, 2004, p. 4.
2. 
http://www.pcrm.org/about
3. 
http://www.pcrm.org
4. 
http://www.activistcash.com/organization_overview.cfm/oid/23
5. Campbell, p. 132.
6. Ibid, p. 36.
7. Ibid, pp. 36-37.
8. Ibid, p. 48.
9. Ibid, p. 50.
10. Ibid, p. 56.
11. Ibid, p. 59.
12. Ibid, p. 62.
13. Ibid, p. 63.
14. Ibid, p. 60.
15. Ibid, p. 66.
16. Ibid, p. 104.
17. Ibid, p. 183-201.
18. Hakkak, et al., "Dietary Whey Protein Protects against Azoxymethane-induced Colon Tumors in Male Rats," Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention, Vol. 10, 555-558, May 2001.
19. Campbell, p 7.
20. Campbell, p. 73.
21. Ibid, p. 355.
22. Junshi, Chen, T. Colin Campbell, Li Junyao, and Richard Peto, Diet, Life-style and Mortality in China: A Study of the Characteristics of 65 Chinese Counties, Oxford: Oxford University Press, 1990, p. 6.
23. Ibid, p 1.
24. Ibid, p. 16.
25. Ibid, p. 850.
26. Campbell, p. 7.
27. Ibid, p. 88.
28. Junshi, p. 106.
29. Campbell, p. 89.
30. Ibid, p. 376.
31. Ness, et al., "Plasma Vitamin C: What Does it Measure?" Public Health Nutr., 1999 March 2 (1):51-4.
32. Junshi, p. 572.
33. Ibid, p. 106.
34. Campbell, 125-130.
35. Diamond, Jared, Guns, Germs, and Steel: The Fate of Human Societies, New York: W. W. Norton & Company, 1999, p 149.
36. Campbell, p 151.
37. Ibid, p. 146.
38. Braly, James, M.D., and Ron Hoggan, M.A., Dangerous Grains, New York: Penguin Putnam, 2002, p. 124.
39. Mayes, Peter A., "Intermediary Metabolism of Fructose," Am J Clin Nutr 1993;58(suppl):754S-65S.
40. Hollenbeck, Clarie B., "Dietary Fructose Effects on Lipoprotein Metabolism and Risk for Coronary Artery Disease," Am J Clin Nutr 1993;58(suppl):800S-9S.
41. Campbell, p. 177-182.
42. McCormick, et al., "Chemoprevention of rat prostate carcinogenesis by 9-cis-retinoic acid," Cancer Res. 1999 Feb 1;59(3):521-4.
43. Campbell, pp. 183-201.
44. Braly, 117-133.
45. Campbell, p 220.
46. Calon, et. al., "Dohosahexaenoic Acid Protects from Dendritic Pathology in an Alzheimer’s Disease Mouse Model," Neuron, Vol 43, 633-645, 2 September 2004
47. Campbell, p 220.
48. USDA National Nutrient Database for Standard Reference, Release 17.

Sobre o Autor:
                       
Chris Masterjohn é o autor de vários artigos de Wise Traditions e o criador e mantenedor do site Cholesterol-And-Health.Com, que é dedicado a demonstrar as virtudes do colesterol e dos alimentos ricos em colesterol. Ele é autor de dois artigos aceitos em publicações de revisão: uma carta para  Journal of the American College of Cardiology criticando as conclusões do recente estudo sobre a gordura saturada, e uma ampla revisão num artigo para Medical Hypotheses propondo o mecanismo molecular da toxicidade da Vitamina D. Masterjohn tem o grau de bacharel em história e está se preparando para o PhD em biologia molecular e celular. Ele também um líder da Weston A. Price Foundation em West Brookfield, Massachusetts.
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