Dieta Paleolítica e Dieta Low Carb
Uma vaca inconveniente - um crime ambiental que nunca existiu
Uma Vaca Inconveniente
Tópicos de saúde – “Farm & Ranch”
Escrito por Matthew J. Rales
Quarta-feira, 06 de maio de 2009 20:22
(Weston A . Price Org.)
A verdade por detrás do ataque das Nações Unidas ao Gado Ruminante
Há pouco tempo atrás, em novembro de 2006, a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura) emitiu um relatório surpreendente. Seu título oficial é “A Grande Sombra do Gado: Tópicos e Opções ambientais.”1Referências a este relatório tem sido freqüentes no ano passado, especialmente em fronts ambientais e de nutrição. Tal relatório acusa o gado dos piores crimes ambientais — degradação da terra, poluição da água, chuva ácida, perda de biodiversidade e do habitat, desertificação, desmatamento, e despontando entre as manchetes: do aquecimento global. As vacas e outros ruminantes são responsáveis por gerar 65 por cento do óxido nitroso antropogênico, 64 por cento da amônia, e 37 por cento do metano do mundo, é o que os cientistas das Nações Unidas declaram.
Relatórios subseqüentes que expõem esses dados estão em todos os lugares. A mídia Americana apreciou vender o tema antivaca a um público condicionado por propaganda contra alimentos de origem animal e factóides ambientalísticos como o “fato” de que fazendeiros gananciosos da Amazônia destroem a floresta tropical para obter cada vez mais terra para fazer seu gado pastar.
Sindicalizados colunistas de nutrição nos presenteiam com listas para escolhas de alimentos ambientalmente amigáveis - invariavelmente livre de todo e qualquer produto animal, e ecologistas citam o relatório como evidência adicional para manter o gado distante dos parques nacionais para “proteger” terras públicas.
Mas não foi apenas nas redes de notícias e em publicações populares que circularam estas acusações contra o gado. Revistas de energia alternativa e vida sustentável têm divulgado um conhecimento superficial em artigos vulgarizados: “Coma Menos Carne,” “Carne é Metano,” “Salve o Mundo; Seja Vegan.” Estes títulos cativantes assentam nas prateleiras de jornais em sua cooperativa local de alimentos naturais. E então o leitor destas publicações continua a patrocinar essa moda dos pseudos alimentos como leite de soja e hambúrgueres vegetarianos — cuja produção é, de fato, uma das principais razões para o desmatamento na Amazônia.
O outro uso para a soja dessa terra degradada é alimentar animais confinados – gado leiteiro e de corte, porcos, aves e peixes — enquanto que o gado de pasto continua a ser incriminado.
Ambientalismo industrializado
Não se deixe enganar: as florestas tropicais não estão sendo destruídas em qualquer expressiva extensão por fazendeiros independentes que querem levar ao pasto algumas reses. Elas são lavradas por corporações gigantes, suportadas pelas Nações Unidas – sob o disfarce de alimentar o mundo e aliviar a pobreza — tudo para a produção cada vez maior de sua semente patenteada. Esta semente, da qual as Nações Unidas e seus lobistas “verdes” são tão afeiçoados, assume o papel de substituto dos alimentos e cultivos tradicionais no mundo inteiro. Isso significa que alimentos tradicionais que fornecem saúde - como o sebo de cordeiro para fritar, banha para assar, e a manteiga de verdade, que os dietistas submissos a indústria condenam com veemência, são os alimentos que as sementes GMO (geneticamente modificadas) estão substituindo. Não é de se admirar que as Nações Unidas tem tido muita urgência em lançar sua campanha contra o gado—estes animais representam uma única fonte de comida que pode fornecer às pessoas nutrição suficientemente boa, o que os autoriza (física e emocionalmente) a resistir ao violento ataque global da polícia alimentar, dos cultivos biotecnológicos e dos seus agrotóxicos.
Um artigo recente da Business Week 2 relata que o Brasil sozinho tem mais de 25 milhões de acres de soja — todos os quais são geneticamente modificados. The Wall Street Journal3 relata que o capital da Monsanto triplicou no ano passado (2008) devido a demanda brasileira pela “Soja Roundup Ready” — uma planta geneticamente modificada que pode resistir às aplicações múltiplas e freqüentes de seu tóxico herbicida.
Allan Nation, editor de The Stockman Grass Farmer, relatou após o retorno de sua recente viagem para a Argentina que a soja de “oito dólares” para exportação mundial está progressivamente derrotando a indústria doméstica e sustentável do gado criado no pasto. 4 Por que nós não ouvimos ecologistas denunciando este símbolo supremo de agricultura industrial com a mesma paixão que eles demonstram ao condenar a carne de boi? Por que os “verdes-conscientes” não estão boicotando essa planta oleoginosa que literalmente faz o Oriente beber herbicidas petroquímicas na forma de óleo? Isto é porque nossa sociedade foi condicionada a validar um movimento ambiental cooptado em nome de uma indústria de agricultura intensiva a base de químicos, cujo trágico prejuízo é a boa saúde para ambos, o homem e o ambiente — através das qualidades dos animais de pasto (essas criaturas produtores de metano que nós amamos repudiar) e seus produtos: carne e leite para as pessoas, adubo para a terra—nenhum dos quais nossa sociedade poderia se dar ao luxo de perder.
Paradigma destrutivo
O paradoxo real do relatório é a maneira pela qual é evitado se lidar com o enigma espelho da monocultura da produção de grãos em mega-escala e das operações de alimentação de confinamento animal (CAFOs). Estas são as duas colunas destrutivas de uma indústria que tomou o rumo errado, ainda assim as Nações Unidas (U.N.) apontam seu dedo global - não para as práticas de gerenciamento perversas, como currais de alimentação e baias leiterias de confinamento (os CAFOs), mas para as próprias vacas; não para a Monsanto, mas para fazendeiros reais, que criam seu gado conforme princípios naturais — no pasto.
As acusações das Nações Unidas deveriam ser dirigidas contra a agricultura industrial de uso intensivo de químicos. Mas as U.N. só apresentam soluções que se ajustam dentro das conveniências da malha industrial— uma rede de interesses que tem por obrigação defender resultados predeterminados de pesquisas de universidades subsidiadas pelo contribuinte.
Realmente, as soluções já foram escritas, e na melhor perspectiva elas são duvidosas e vagas. Elas incluem “melhoria nas dietas para ruminantes, que reduzam a fermentação.” Estas dietas, o leitor pode ter certeza, são baseadas em grãos, associados a todos os tipos de misturas químicas. Nenhuma menção do carbono lançado na atmosfera pela produção destas “dietas melhoradas,” da mesma maneira que não existe qualquer menção aos requisitos de petróleo para a produção de etanol a partir do milho.
Outra solução das U.N. é um protocolo de ampla vacinação também indicado para reduzir a atividade de fermentação no rúmen. Estas soluções não são brilhantes? As Nações Unidas divide um cheque para agradar a Monsanto e suas “dietas melhoradas,” e para a Merck e a Pfizer com suas vacinas, o tempo todo reduzindo “emissões prejudiciais” de forma que você pode apreciar carne de boi de um animal que terá sido totalmente inflado de vírus geneticamente produzidos e alumínio, e terá toda a sua flora intestinal erradicada, mas pelo menos você pode comer a carne bovina sem culpa na consciência. Isto é realmente a ciência das Nações Unidas em sua mais elevada sofisticação, e isto não tem qualquer compromisso com os melhores interesses reais do meio ambiente, do gado, ou do consumidor em foco. Seu interesse se assenta na perpetuação do medo do consumidor, tanto quanto sua campanha para o domínio global da agricultura corporativa no mundo inteiro.
Soluções da natureza
Tal pesquisa das Nações Unidas não renderá soluções de baixo custo e de bom senso— como livrarem os animais de corte do mundo de sua escravidão de suas baias de confinamento, e o seu retorno aos prados desertos no mundo de forma que seu adubo possa se tornar em um produto que é reciclado por larvas da terra em abundância no planeta — tornando um agente de saúde — mais do que um produto de geração de óxido nitroso volátil. As pesquisas patrocinadas pelas Nações Unidas - não renderão soluções como o fechamento de nossos campos de confinamento leiteiros e o emprego desses animais para transformar o degradado e erosado ambiente de lavoura do Meio Oeste na pradaria fértil do passado. Aquela camada espessa de ouro preto sobre a qual um cobertor de pasto nativo robusto uma vez cresceu foi um presente inestimável para todos nós do bisão Americano—um presente que nós escolhemos despejar no Golfo do México na ordem de milhões de toneladas por ano via a erosão causada pela produção em larga escala de grãos para alimentar animais, uma concentração de vacas aprisionadas – um animal que não foi projetado para comer tais grãos como principal alimento.
Realmente, se as Nações Unidas escolhesse, poderia ser sugerido as soluções acima, para seqüestrar carbono e adicionar isto ao banco da terra, deste modo reduziria o efeito de gás estufa prejudicial a atmosfera. Como tem sido atualmente mantida, nossas práticas de agricultura, ambas, no campo e no confinamento, oxidam carbono para a atmosfera causando um aumento histórico nos níveis de CO2. Uma troca de uma agricultura que libera carbono para uma agricultura que seqüestra carbono exige nada mais do que a substituição dos CAFOs e das monoculturas para criação de gado livre de grãos, somente de pasto. Nesse processo, nós poderíamos restabelecer a ecologia de flora e fauna das grandes planícies até sua condição pré-colonial—uma perspectiva fenomenal, mas ainda altamente realizável.
Umas das maiores ironias de todo esse cenário é que a maioria dos ativistas ambientais do mundo dá suporte à visão das Nações Unidas sem examinar a agenda do programa de trabalho que está por de trás da fachada “verde”. Isto se deve em grande parte porque muitos dos ecologistas não têm nenhuma compreensão melhor da natureza e de suas funções a frente dos apologistas da agricultura industrial. Esses aparentes lados adversários compartilham uma visão comum para o futuro—um mundo destituído de fazendeiros e animais domesticados, com campos de monocultura que se estenderão para o horizonte, e zonas de preservação de vida selvagem que permanecerão bloqueadas para a eternidade. Estas zonas inevitavelmente começarão a se deteriorar, como a maior parte deles já o está, por falta de bom gerenciamento da terra e agricultura pelo homem e do gado.
Em resumo, do que nós estamos carentes dentro de uma perspectiva ambiental é justamente o que as Nações Unidas está planejando aniquilar: os fazendeiros que usam gado para realçar e embelezar paisagens. Estas são as pessoas admiráveis que nos fornecem leite e manteiga bruta, carne de boi e cordeiro alimentados no pasto, avicultura e seus ovos caipiras. Eu argumentaria que estes fazendeiros, esses rudes indivíduos se apresentam com a tarefa diária de administrarem plantas e animais em harmonia um com o outro para o benefício de sua terra e seus protetores, mantendo a compreensão mais suprema dos processos ecológicos e são os verdadeiros ativistas ambientais do mundo. As paisagens administradas nestas fazendas baseadas em pasto são os lugares mais saudáveis, mais biologicamente diversos da Terra, e o volume de vida assentado em suas terras prova isto. E isso não tem relação com o advento de um sistema de suporte artificial a base de fertilizantes químicos e subsídios agrícolas; a terra saudável—via gado e seu adubo—seria o veículo fundamental para nossa prosperidade e propagação na Terra.
Vamos, a seguir, examinar as acusações das Nações Unidas contra o gado, especificamente aquelas que se aplicam ao aquecimento global, e determinar se essas acusações merecem ou não o mérito que atualmente estão recebendo na arena pública. Talvez se nós removermos o gado do contexto industrial dentro do qual as Nações Unidas desejam que ele se mantenha, e o colocasse de volta ao contexto da natureza—onde ele deveria estar e onde os fazendeiros de pasto o tem colocado — ele se tornará no nosso melhor aliado para um futuro livre de devastação ambiental e de crescente crise na saúde.
A Guerra ao Metano
As Nações Unidas aclamam de que “o setor do gado é responsável por 18 por cento de emissões de gás de efeito estufa medidos pelo CO2 equivalente, uma parcela mais elavada do que o transporte. O setor emite 37 por cento do metano antropogênico (com 23 vezes do potencial de aquecimento global (GWP) do CO2) a maior parte é aquela da fermentação entérica dos ruminantes.” Aqui nós temos um processo tão graciosamente natural quanto a fermentação de forragem no rúmen, um processo que acontece desde tempos imemoriais, provavelmente em escala muito mais vasta do que hoje, sendo declarado um crime ambiental.
Infelizmente, nossa sociedade se submete a essa polícia mundial para a maioria dos dados de atualização científica. O fato é que essas informações não têm nada a ver com boa prática de ciência, são pelo contrário, ciência manipulada para sustentar o programa da investida industrial para ampliar as plantações em toda a Terra com mais soja transgênica (veja texto adicional ao final). Tal agenda amplia os lucros na direção dos gigantes de combustível fóssil e de fazendas industriais.
Eu gostaria de perguntar aos cientistas das U.N. se os vastos rebanhos dos demais ruminantes selvagens produtores de metano também são culpados, ou se os pântanos do mundo, que eliminam metano de seus processos de decomposição anaeróbicos na ordem de dez vezes mais do que as vacas, ou se nossas árvores das florestas politicamente corretas, onde se verifica a emissão de quantias enormes de metano através de suas folhas, também serão acusadas por crimes contra o ambiente. Se a geração de metano não importando sua origem fosse o problema, as Nações Unidas estariam lançando uma campanha para cobrir os pantanais da Terra e nós perderíamos estes divinos mecanismos de purificação e retenção de água, esses magníficos corredores de bio-diversidade que une a vida terrestre e aquática. Minha questão é que até mesmo uma burocracia padronizada, e globalizada como as Nações Unidas jamais sonharia com o lançamento de tal empreitada, porém sem qualquer escrúpulo, eles tomam a fermentação do material vegetal no rúmen, um processo perfeitamente estável, natural, como algo que de alguma maneira está em conflito com sua agenda política atual, mimetizando isso como uma questão ambiental, e pedindo sua aniquilação. Na linha de frente, eles usam fantoches ambientais para divulgar vigorosamente essas palavras. A PETA, a The World Conservation Union, mr. Al Gore e o crescente contingenciamento vegan estão entre os muitos arautos que disseminam uma falácia politicamente correta.
A fermentação no rúmen é o processo, lembrem-se, que nos dá gorduras como o ácido conjugado linoléico (CLA), e nutrientes construtores de ossos como a vitamina K. O milagroso processo de conversão, alcançado apenas pelos ruminantes, que consomem pasto, o vegetal mais nutritivo da natureza, mas indigerível para os humanos—e o converte em nutrientes metabolicamente disponíveis, exponencialmente qualificados para os humanos. Com estas acusações trazidas para a mesa, nós podemos ter certeza que o processo natural de ruminação inato dos ruminantes está sob inquisição, e nós devemos estar preparados para defender estes animais e nosso direito de consumir seus produtos com o mesmo esforço com que nós temos que defender o leite bruto.
A manobra para substituir os produtos de ruminantes da mesa do mundo não é nova. Campanhas de marketing de comunidades farisaicas, baseadas em vegetais, tem estado em operação desde 1871, quando o primeiro substituto de manteiga entrou na esfera comercial dos Estados Unidos.5 Em 1984, o Centro Para Ciência no Interesse Público começou a sua cruzada anti-gordura saturada, e em 1990, a banha bovina e de cordeiro seriam substituídas pela GVH (gordura vegetal hidrogenada, geralmente de soja) como a gordura comercial popular para frituras nos Estados Unidos.6 Eu espero que todos já tenham percebido o quanto a obesidade, a diabete, o câncer e a doença de coração, tudo isso aumentou desde que nós trocamos as gorduras animais para os óleos vegetais. Ainda assim estes grupos de interesse público, apesar de seu vício em processos e no controle burocrático do fornecimento alimentar da nação americana, não são se comprometem com responsabilidade com relação a destruição da saúde nacional causada por esse enigma politicamente correto.
Nós atualmente estamos testemunhando a decadência física, emocional e moral resultante de viver sem alimentos de origem animal.
Lembram do “comércio moderno de substituir alimentos” que Weston A. Price tinha falado? Hoje muitos destes alimentos são baseados em soja e seus inúmeros derivados, e qualquer outro produtos vegetal advindo da biotecnologia, tudo sancionado pelas U.N. como os alimentos que alimentarão o mundo e eliminarão a pobreza global. Um breve olhar para a condição de muitas destas populações do Terceiro Mundo revela como nós empobrecemos estas comunidades, que já foram robustas e autoconfiantes, com toda essa carga de farinha de soja que nós lhes despejamos.
(Da soja produzida no Brasil, 40% são exportados em grãos, principalmente para a Europa e a China. Os outros 60% são esmagados: cerca de 20% é transformado em óleo, 77% em farelo e o restante entra em outras formas de alimentação. Aproximadamente 80% do óleo de soja produzido no Brasil são destinados ao mercado interno. O óleo de soja é utilizado sob a forma comestível ou como ingrediente em inúmeros produtos como chocolates, biscoitos, margarina, temperos e pães. O restante é exportado, principalmente para o Extremo Oriente e Oriente Médio. O farelo é destinado à alimentação animal. 65% vão para o exterior, enquanto os outros 35% são utilizados na engorda dos animais brasileiros, principalmente aves. A soja é a alimentação básica na produção animal. O farelo de soja e milho juntos respondem por 80% da alimentação animal. Afora os produtos comestíveis, a soja também é muito utilizada pela indústria. Está presente em ingredientes para calefação, desinfetantes, inseticidas, tecidos e tintas para impressão, óleo refugado, produtos farmacêuticos e medicinais, revestimentos, plastificadores, massa para vidraceiro, sabão e cimento à prova d’água. A lecitina, um dos derivados da soja, é usada na fabricação de álcool, tintas, cosméticos, pigmentos, produtos químicos e até como agente antiderrapante. - Fonte: "A Soja no Brasil " - Sergio Schlesinger em http://www.comova.org.br/pdf/observandosoja/) (Esse quadro não está no artigo original, NT)
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Sessenta Milhões de Bisões
Em seu recente e fascinante livro, 1491: New Revelations of the Americas Before Columbus, Charles Mann pinta um retrato de populações de ruminantes selvagens antes da chegada dos europeus: “a América do Norte, quando Colombo chegou, tinha sessenta milhões de bisões, entre trinta a quarenta milhões de antílopes, dez milhões de alces, dez milhões de cervos, e quase dois milhões de ovelha da montanha.”7 Isto é só na América do Norte. Nós até então não consideramos os enormes rebanhos que cobririam as planícies africanas, quase todos os quais, são produtores de metano, esses ruminantes incluem gnús, búfalos, girafas, gazelas, antílopes, e os grandes kudus — você já captou a mensagem. Até hoje, estes número de animais estão nas centenas de milhões; seus números já foram muitas maiores no passado. Como pode ser então, que nós omitimos este argumento obviamente natural e seguir adiante com a re-distribuição de papéis ao incriminar o 1,5 bilhão de gado domesticado do mundo? (A maior população de gado do mundo é não comercial e se encontra na Índia, NT.) Os rebanhos da natureza estão de modo algum em conflito com a terra. Os relatórios das viagens de Lewis e Clark atestam para o fato que os rebanhos de bisões não partiram para uma disputa de forragem com os seus cavalos para se alimentar, e a terra era coberta com uma cobertura de adubo tão espesso, que se transformou em vastas expansões de negra pradaria. Este adubo, com ajuda das galinhas silvestres, frangos caipiras e besouros de esterco seriam então rapidamente reciclados em uma das terras mais enriquecidas do planeta; esse é o mesmo adubo que as Nações Unidas incriminam no envenenamento de nossa atmosfera com óxido nitroso.
Imitando a Natureza
A administração do campo, que tenta imitar os padrões de pasto destes grandes rebanhos selvagens, pode produzir uma abundância de nutritivos alimentos de origem animal, ao mesmo tempo em que seqüestram volumosas quantias de carbono atmosférico. Nós somos afrontados pelos gurus do aquecimento global de que a Terra é aquecida devido ao gás carbônico em excesso na atmosfera. Através de estratégias específicas de pastoreio nós podemos seqüestrar este carbono em excesso e formar um rico e produtivo solo arável nesse processo. Nós fazemos isto não pela plantação de mais árvores, nem mesmo conservando mais vida selvagem. Nós fazemos isso com esses ruminantes domesticados - pulsando a paisagem com grandes números desses animais por pequenos períodos de tempo.
Na natureza, o bisão e o antílope pastoreiam em enormes grupos, permanecendo brevemente em um local, e a seguir eles partem para um novo solo fresco. Eles se mantêm junto em firmes conjuntos maciços em temor aos pequenos grupos de predadores. Estes ruminantes são o mecanismo de gerenciamento da fertilidade e de construção do solo da Natureza. Nós também sabemos que as terras sob o território de pasto dos animais são nossos maiores escoadouros de carbono estabelecidos na terra do planeta. Tudo que nós precisamos fazer, então, é imitar estes padrões nativos de pasto com nossa linhagem doméstica, e nós teremos uma solução facilmente alcançável, rápida, contra o carbono em excesso na atmosfera.
A ação dos cascos, o adubo, a urina e a saliva, tudo age como bio-estimulante no pasto, encorajando a vegetação de pasto a espessar, preenchendo despidos lugares, e acelerando a diversidade e sucessão de espécies, da mais simples até as mais complexas.
Os prados produtivos do mundo e os volumosos rebanhos de herbívoros que neles pastoreiam se desenvolvem em conjunto.
Um não se pode existir sem o outro. O pasto conta com o ruminante para sua plena expressão, da mesma maneira que os ruminantes contam com esse pasto. Sem os ruminantes para fertilizar a terra e quebrar a celulose nos climas secos, as pradarias rapidamente se transformariam em desertos; e com a administração do campo de pasto com grandes ruminantes, desertos podem ser restabelecidos como terra produtiva.
A Manteiga alimentada pelo pasto:
O Alimento mais ambientalmente amigável
Os fazendeiros de pasto produzem o alimento mais ecologicamente sensato da Terra, um alimento derivado quase em sua totalidade pela energia solar. A manteiga alimentada pelo pasto é talvez o melhor exemplo de energia solar convertida em um alimento denso em nutrientes para as pessoas.
A carne e outros produtos leiteiros baseados no pasto são alimentos igualmente maravilhosos, amigáveis com a terra. Entretanto, eu uso aqui a manteiga para ilustrar como nós podemos derivar um puro, denso nutriente de energia animal a partir da energia solar com muito poucas etapas entre si. Veja como funciona: a vegetação de pasto converte energia solar (e gás carbônico atmosférico) em biomassa vegetal, e gado sintetiza o material vegetal em energia própria via os micróbios que digerem a celulose em seu rúmen. Desta energia ele então produz leite, da qual a porção mais rica de energia (a nata) é separada. A nata é então é transformado em energia mais densa ao ser batida em manteiga. Nenhuma substância química ou petróleo é exigido (exceto eletricidade para bater a manteiga – nos dias de hoje); apenas o sol, a grama e a vaca (e sua flora no rúmen) em um processo elegantemente simples.
Permitam-me fazer uma rápida comparação com a produção de um tipo de alimento que as Nações Unidas e seus arautos nos garantem ser um resumido símbolo ecológico — a produção de um óleo vegetal. Primeira a terra deve ser lavrado; um processo que demanda quantias imensas de diesel combustível. Então a semente, seja ela rapeseed (canola), soja, milho ou qualquer outra semente de produtores de óleos, deve ser plantada. Isto é realizado por um trator também, deste modo mais diesel. Depois que a planta começa a crescer, o campo deve ser tratado para matar as ervas daninhas invasoras. Então os campos são pulverizados vários vezes por um trator adaptado, procurando pelas ervas daninhas com agrotóxicos, derivados petroquímicos. Se insetos é um problema, lá vêm mais agrotóxicos, também derivados do petróleo. Tempos mais árduos, massivas combinações. As sementes são então encaminhadas atravessando a nação para fábricas onde múltiplas etapas do processo de refinamento acontecem. A fábrica é semelhante, no projeto e na prática, a uma refinaria de petróleo cru.
Após muito refinamento químico e mecânico de nossa semente, nós temos um produto, que não é um alimento, mas que as Nações Unidas afirmam ser um substituto amigo da terra substituto da nossa manteiga derivada da energia solar. Um ecologista ordinário dá pouca atenção para esses detalhes, voltando suas costas para a verdade. Ele não está realmente preocupado com os detalhes de como nossas escolhas sobre o que nós comemos influencia nossa terra, nossa paisagem, ou nosso ambiente como um todo. Ele está em última instância preocupado apenas com a economia de mais uma árvore, fazendo lobby por mais um acre a ser bloqueado da influência humana, o que é certamente uma proposição reducionista. E nisso se assenta o problema com a mentalidade de “parque nacional”: o lobby para afastar terras da “influência humana negativa” também impede uma influência humana positiva. Sem corpos afetuosos e conscientes periodicamente perturbando a terra, se nós usamos gado, serras, ou outras medidas de curar a terra, nós no final das contas testemunharemos sua deterioração. Os ecossistemas são destinados a serem dinâmicos, com ciclos de vivo crescimento e de decadência, não foram planejados para ficarem em suspensão artificial por ditames políticos.
Uma Reverência pela vida
Quanto custa para o planeta contingenciar os adolescentes a contemplarem sua infância sob a responsabilidade de reduzirem seus "rastros" de carbono, ou as Nações Unidas ficar prescrevendo agentes “desfaunadores” para matar a flora do intestino dos ruminantes, e que a paisagem rural predominante consista em expansões infinitas de milho e soja, sem uma única vaca e nenhum fazendeiro a vista? Nós estamos certamente entrando na idade de esterilidade, se não mencionar infertilidade. Uma reverência a vida e a todas as coisas que dão riqueza para a vida foram deixadas para trás em subserviência a concepção de que nós devemos reduzir nosso “choque” no planeta. Nossas crianças, atualmente, estão sendo educadas para acreditar que suas atividades diárias sejam um prejuízo para a Terra, e nós nos perguntamos por que a auto-estima de nossos jovens atinge registros tão baixos.
Ironicamente, o chamado para reduzir nosso choque ambiental causou mais degradação do que poupança. Setenta e cinco por cento das terras de pastoreio do mundo são considerados degradadas, não porque existem muitas vacas, mas porque existem muito poucas. 8 Florestas nacionais estão em chamas por causa de campanhas de silenciar serrotes — esse é um combustível que podia ser utilizado e ao invés de ser deixado para queimar. Não obstante, no meio das paisagens inanimadas em toda a terra, fazendeiros reais e gado doméstico são solicitados para buscar ocupação em algum lugar fora do setor do gado—em estéreis campos de soja, eu suponho—o que recentemente Mark Purdey chamou de “improdutivo solo vegan ecológico.” O que nós estamos testemunhando agora é nossa própria, versão moderna da “Trilha de Lágrimas,” onde ambos, homem e besta são forçados para fora da terra para labutar nas casas e baias de confinamento onde suas atividades podem mais facilmente ser reguladas e de forma que a terra pode ser “liberada” para a produção da mais “eficiente” mesa vegetariana.
O Futuro
Agora imagine um mundo em que nós veneramos e defendemos nossos animais sagrados, com um solo tão doce e tão fértil nossas fazendas se transformariam em inevitáveis corredores de vida selvagem — que nós podemos até ter que caçar para manter estas populações de vida selvagem sob controle. Mas isto apenas significa uma suplementação em nossas dietas com carne de veado ou antílopes selvagens de vez em quando. As vastas Grandes Planícies da América do Norte serão restabelecidas ao seu fundo original de argila preta por vastos rebanhos bovinos imitando seus primos nativos, o bisão. Homens africanos, afastados de seu tradicional gado pelas Nações Unidas – em acordo sancionado pela eficiência vegetariana, retornam para suas terras nativas para empreender o nobre objetivo de tratar a terra, levando grandes rebanhos de gado pelos matos sob a profícua tutela da Holistic Management®. Leitos secos de rios teriam o retorno da vegetação e re-começariam a correr, a terra desnudada se tornaria saudável com um tapete espesso de verde, tudo devido às forças re-vitalizadoras do grande número de vacas.
Nossa redenção não está na sua aniquilação como as Nações Unidas propõe, mas na verdadeira compreensão de suas características ambientais e nutricionais restaurativas, e pondo tais características para trabalhar para nós.
Estes processos de tratamento da terra geram um novo fornecimento de comida. Esta provisão alimentar é sem igual pelo fato de que produz carne e leite baseado em pasto natural como um subproduto do gerenciamento inovador da terra e de estratégias de seqüestro de carbono.
Com estes processos, nós não estamos meramente sustentando a terra, mas realçando e embelezando-a, tornando os desertos em áreas verdes. Isso deveria ser nossa meta. Enquanto as Nações Unidas continua a se intrometer com soluções subsidiadas por indústrias e governos, pagas com incentivos tributários e outras isenções, nós só votaremos com nosso apoio em dinheiro para alimentos que realcem ambientalmente, uma agricultura com os animais. A construção do solo, uma agricultura baseada em pasto, utilizando gado para nossa vantagem ambiental e nutricional é a chave para uma prosperidade futura. Você pode imaginar a diversidade de alimentos tradicionais que nós poderíamos revitalizar em larga escala com um esforço mundial para restabelecer as paisagens degradadas com vacas, ovelha e cabras?
O potencial para inundar a esfera comercial com as boas e velhas gorduras animais seria infinito. Eu estou pronto para viver integralmente da gordura (alimentada pelo pasto) da terra e eu espero que você também esteja. Vamos nos mover adiante, rapidamente, com este especial movimento de respeito à vida, e inspirar a próxima geração a uma reverência por toda a vida e tudo que dê riqueza a isto. Nosso movimento para reduzir a mudança do clima será validado pela beleza de uma terra rica, pastos verdes e gerações saudáveis vindouras. Para isso, nós devemos gratidão imensa para o gado ruminante do mundo, e seu perene serviço para com a humanidade.
(Veja abaixo textos complementares)
REFERÊNCIAS (artigo principal)
1. Steinfeld, H and others. Livestock’s Long Shadow: Environmental Issues and Options. 1. November 29, 2006.
2. Hindo, Brian. Monsanto: Winning the Ground War. Business Week. December 17, 2007. pp. 35-41.
3. The Wall Street Journal. January 3, 2008.
4. Nation, Allan. Allan’s Observations. The Stockman Grassfarmer. January 2008.
5. Margarine Manufacturers of America. Data available at www.margarine.org.
6. Enig, Mary. The Tragic Legacy of the Center for Science in the Public Interest.
7. Mann, Charles C. 1491: New Revelations of the Americas Before Columbus. 2005. p.318.
8. Savory, Allan and others. Moving the World Toward Sustainability. Green Money Journal. www.greenmoney.com.
TEXTOS ADICIONAIS
Metano e Microorganismos
O metano é um gás incolor, inodoro extensamente distribuído em natureza. É o componente principal do gás natural, e é altamente combustível. É não tóxico se inalado, mas pode produzir sufocação se abundante o suficiente para reduzir a concentração de oxigênio em um espaço restrito. O atual consenso científico considera o metano como um poderoso gás de efeito estufa com um potencial para o aquecimento global de 25 por 100 anos. De acordo com a Wikipedia, “Isto significa que uma emissão de metano terá 25 vezes um choque na temperatura comparando com a mesma massa da emissão de gás carbônico no período de 100 anos consecutivos. O metano tem um grande efeito em um período breve (mais ou menos 10 anos), enquanto que o gás carbônico tem um efeito menor, mas por um período prolongado (por 100 anos). Por causa desta diferença em efeito e período de tempo, o potencial de aquecimento global do metano em um período de tempo de 20 anos é 72. A concentração de metano da Terra aumentou em mais ou menos 150 por cento desde 1750, e ele responde por 20 por cento da força radioativa da combinação de todos os gases de efeito estufa duradouro e global.”
As fontes naturais de metano acontecem na terra encharcada e submersa onde organismos chamados metanogênicos existem em condições anaeróbicas. Os metanogênicos usam o CO2 como energia e produzem metano. Pântanos, charcos, e turfas respondem pela maior fonte de metano naturalmente produzido, com quantidades desconhecidas bloqueadas na terra de subsolos congelados e o solo dos oceanos e que pode ser liberado quando as temperaturas globais se elevam. Os ruminantes produzem metano como um subproduto de seu processo digestivo, as térmitas também produzem uma quantia assombrosa de metano através de seus sistemas digestivos—uma quantia anual estimada em ser duas vezes aquela emitida pelos charcos e pântanos.
O metano das atividades humanas principalmente resulta das liberações que acontecem durante a extração do petróleo, do carvão e do gás, o tratamento do lixo, aterros sanitários, cultivo do arroz (que se utiliza da regular inundação de campos) e da queima de biomassa.
Recentemente foram descobertas duas outras inusitadas fontes de metano que são as represas artificiais e... as Árvores! Os grupos indústrias descreveram as represas como “amigáveis com o clima” comparadas às plantas de energia alimentadas pelo carvão, mas os cientistas descobriram atualmente, que as grandes represas com suas extensões da água emitem metano a partir das bactérias que decompõe a matéria orgânica imersa na água.
E achados reportados no periódico Nature indicam que a amplitude da produção de metano das plantas, mesmo quando o oxigênio for abundante, é uma fonte que pode responder por 10-30 por cento das emissões de metano do mundo. “Nós agora temos o espectro que novas florestas podem aumentar o aquecimento por efeito estufa pelas emissões de metano ao invés de diminuir pelo seqüestro de gás carbônico,” disse David Lowe do Instituto Nacional da Nova Zelândia da Água e Pesquisas Atmosféricas.
No ano passado um organismo digestor de metano de comer foi descoberto, vive em altas temperaturas, em condições de elevada acidez em zonas geotérmicas. A bactéria é membro da família dos metanotróficos, bactérias que usam apenas o metano como fonte de energia. Metanotróficos são normalmente encontrados em abundância nas terras onde o metano é naturalmente produzido, como os oceanos, na lama, nos pântanos e em outros ambientes subterrâneos. Os pesquisadores do clima mundial estão estudando essas bactérias, recentemente descobertas, extra robustas, em como elas podem reduzir a quantidade de metano liberado para a atmosfera.
Ao mesmo tempo em que os níveis de gás carbônico atmosféricos estão muito mais altos do que eles têm sido historicamente, a tendência de longo termo para o metano é obscura. Os cientistas nos informam que os níveis de metano atmosférico dobraram desde a revolução industrial, mas os níveis do metano ficaram quase inalterados nos últimos sete anos, subseqüente a elevação que se processou nas duas décadas prévias.
Fontes (deste artigo)
• http://www.eoearth.org/article/Methane
• http://www.gns.cri.nz/news/release/20071122methane.html
• http://www.commondreams.org/headlines02/0612-07.htm
• http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4604332.stm
• http://www.cbc.ca/technology/story/2006/11/21/methane.html
Realidades sobre o Carbono
A favor da crua realidade sobre o seqüestro de carbono pela agricultura baseada em pasto, eu me volto para o trabalho pioneiro de Allan Savory, um dos ecologistas mais ativos e práticos de nosso tempo. Savory é o fundador da Holistic Management Internacional e advoga para uma abordagem holística para o gerenciamento de recursos e restauração da terra com o gado. Em um recente artigo publicado no Green Money Journal,8 Allan Savory e Christopher Peck, dirigente da Natural Investment Services, LCC, discorreu sobre os números do carbono e como nós deveríamos administrá-lo para deter o aquecimento global. Se estes cavalheiros estão corretos, nós podemos parar com o aquecimento global em sua progressão nos próximos 15 anos se não antes— assumindo que as Nações Unida não seja exitosa nos seus esforços nas iniciativas da política anti-gado.
O modelo documenta o potencial para o seqüestro de carbono usando a agricultura baseada em pasto que é apresentada em hectares, mas para tornar isso mais fácil de entender, eu converti para acres.
Inicialmente, nós devemos considerar os 180 gigatoneladas do legado do carbono — que é o carbono antropogênico que tem sido emitido na atmosfera desde o início da revolução industrial. O procedimento para remover esta carga de carbono de legado envolve vacas—muitas vacas—e a utilização dos comportamentos e qualidades multifacetadas destes ruminantes, já descritas anteriormente, em construir um solo com matéria orgânica. Savory e Peck argumentam que um mero MEIO por cento de aumento no solo com matéria orgânica (definindo o carbono atmosférico seqüestrado como carbono do solo) sobre 75 por cento das terras de criação do planeta, que são aproximadamente 11.25 bilhões de acres, isolaria 150 gigatoneladas de carbono atmosférico. Este argumento exclui o fato de que nós podemos certamente aumentar o solo de matéria orgânica em margens muito mais altas dentro de uma década ou menos. O maior paradoxo, é óbvio, é o fato de que o gado—um problema de acordo com a sabedoria burocrática das Nações Unidas— é, na realidade, nossa melhor solução.
Como demonstrado pelo argumento acima, nenhum ecossistema terrestre seqüestra o carbono na taxa e no volume de prados produtivos. O manjado argumento de plantar mais árvores, ou que se designe mais terra para a floresta nacional, implica em elevar a liberação de carbono. É outro exemplo de aparente boa política bancada por um lobby extremamente poderoso e por fundos de conservação ambiental hipertrofiados. Apenas porque uma política é suportada por uma forte campanha de marketing não a torna realmente holistica. Na realidade, ao substituir alguma floresta e estabelecer prados em seu lugar, nós podemos acelerar o ciclo de carbono em extensas proporções. As árvores demoram muito tempo para crescer e morrer para ter um efeito significativo em mitigar a carga de excesso do carbono atmosférico. A real solução para aquecimento global é para construir um solo arável profundo, fértil, usando grandes rebanhos de gado domesticado em altas densidades e movidos muito freqüentemente.
Está o planeta realmente aquecendo?
O tópico que define nossa década é o Aquecimento Global, usado como um argumento pelas eruditas burocracias internacionais até os dietistas vegetarianos. A “ciência” que ampara o a premissa que fabrica a atemorização da catastrófica mudança do clima é o um famoso gráfico (“Hockey stick”, gráfico que tem uma curva em rápida ascensão, N.T.) elaborado por Michael Mann para o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC). O gráfico parece mostrar que o clima da Terra era muito estável entre 1000 a 1900, DC, quando então as temperaturas começaram a subir muito dramaticamente, para níveis nunca alcançados antes. Ficou implicado às atividades humanas industriais — incluindo, aparentemente, a criação de gado — como causadoras de um aumento rápido nas temperaturas globais, que ameacem o mundo inteiro com escassez e sofrimento. Mas quando matemáticos tentam reproduzir as informações desse ícone (o gráfico d Sr. M. Mann) usando seus próprios dados (relatórios das variações do crescimento do anel de árvores de várias partes do mundo), eles foram incapazes de fazê-lo. Eles verificaram que o Sr. Mann usou um tipo incomum de análise de dados que permitiu que ele pusesse dar uma grande ênfase - 390 vezes maior — nos poucos dados fixos que resultaram no idolatrado gráfico e deste modo cria-se a impressão de que o aquecimento global é um evento moderno sem igual. (Este tipo de manipulação estatística é familiar para aqueles que conhecem como é utilizada a falsa ciência acostumada a promulgar a teoria do colesterol como causa de doença de coração.) Além disso, os dados de anel das árvores, aparentemente, têm um relacionamento impreciso com o clima. Por exemplo, anéis de árvore podem ser enganosamente mais largos, durante os anos frios, o que deveria acontecer após ocorrer um período morno na primavera recente, quando as árvores realizam a maior parte de seu crescimento.
O real desmancha prazeres dos proponentes do aquecimento global é algo chamado de MWP— ou PAM, Período de Aquecimento Medieval (Medieval Warm Period)— quando temperaturas na Europa eram pelo menos 2 graus de Graus mais altos do que elas são atualmente — quando era tão quente que uvas de vinho floresceram na Inglaterra e os quando os peregrinos de Chaucer (Geoffrey Chaucer, exponencial escritor medieval inglês, NT.) poderiam partir em abril, um mês de banhos mornos. Os proponentes de aquecimento global discutem que o MWP era um evento local, mas evidências em escala mundial—desde registros do festival de flor de cereja na Ásia até amostras de sedimento de lagos na África—indicam que o planeta inteiro esteve mais aquecido durante esse período. O MWP foi seguido aproximadamente em 1500 DC pela Pequena Idade do Gelo, quando as temperaturas caíram acentuadamente, o rio Tâmisa regularmente congelava no inverno, e as pessoas sofriam de escassez, pestes e inquietação política. Na Suécia, por exemplo, a temperatura extremamente fria de 1696 causou fracassos nas colheitas e 100.000 pessoas vieram a morrer. A Pequena Idade do Gelo terminou ao redor de 1840, e a partir de então as temperaturas do clima foram lentamente subindo. Outro período de aquecimento teria acontecido durante o período de existência do Império Romano, seguido por um período frio correspondendo a baixa idade média (Idade da obscuridão). Em outras palavras, o clima da Terra passa por flutuações de aquecimento ao resfriamento que obviamente não têm nada a ver com as atividades humanas.
A mais provável explicação para as flutuações climáticas são as mudanças na atividade solar, que pode ser monitorada pela atividade da mancha solar. A Pequena Idade do Gelo, por exemplo, corresponde exatamente com algo chamado de Maunder Minimum, (Mínimo de Maunder), quando não existia virtualmente qualquer mancha solar, na verdade. Mesmo o pequeno ciclo de variação de clima de 11 anos corresponde a um ciclo da mancha solar de 11 anos. Quando atividade solar é alta, menos radiação formadora de nuvens entra na atmosfera e o planeta aquece.
Talvez nós devêssemos realmente nos preocupar seria com o resfriamento global. Dados de satélites indicam que a temperatura da Terra bateu no ponto mais alto em 1998 tendo havido continuo resfriamento desde então.
Fonte (para os artigos acima):
• http://www.john-daly.com/hockey/hockey.htm
A Soma É Maior Que Suas Partes
Estando ou não o planeta aquecendo ou resfriando, o fato é que os níveis de gás carbônico atmosféricos estão mais elevados do que nunca e, com o crescimento da classe média na China e a Índia, as demandas por recursos limitados estão em acentuado crescimento. Adicionalmente, a população do mundo está experimentando uma sensação crescente de inquietude como os paradigmas do controle corporativo e da agricultura industrial que revelam suas limitações e perigos inerentes. Muitos analistas não predisseram tampouco uma mudança global no clima como uma mudança global na consciência.
Tem sido sugerido que a idade que nós estamos vivendo seria chamada de “Antropoceno,” (sugerido pelo prêmio Nobel Paul J Cruzen, NT.)indicando que a espécie dominante, nós os seres humanos, seria capaz de mudar o planeta em uma escala geológica. É interessante notar que já no início dos anos 1900, Vladimir Vernadsky, um geo-químico russo, cunhou o termo “noosfera” para indicar uma nova era, em que ele acreditou que a Terra estava entrando. Vernadsky acreditou que a noosfera, ou esfera de pensamento humano, seria uma terceira fase do desenvolvimento planetário seguindo a biosfera (vida biológica) que na sua vez transformou o geosfera (matéria inanimada). “da mesma maneira que o aparecimento de vida fundamentalmente transformou o geosfera, o aparecimento da cognição humana fundamentalmente transformou a biosfera. Nesta teoria, os princípios de ambas, a vida e a cognição, são as características essenciais da evolução da Terra, e deve ter sido implícita na Terra desde o princípio.”1a
O conceito do Vernadsky da noosfera era de otimismo, em que uma consciência transhumana emergiria da interação das mentes dos homens. Os conceitos visionários de Vernadsky não eram populares no Ocidente, mas pode ser válido reconsiderá-los hoje em dia. Afinal, nós mesmos somos nossa real oportunidade da prevenção de desastres ecológicos.
Em 2 de fevereiro de 2008 um artigo do New York Times relatou a história da criação de um imposto para sacolas plásticas na Irlanda e seu notável resultado. Em 2002, em um esforço para retirar do mar os sacos plásticos descartados naquele país, a Irlanda passou a taxar essas sacolas em 33 centavos cada uma. “Existia a publicidade de uma campanha de consciência,” o artigo continua, “e então algo aconteceu que foi maior que a soma destas partes.” Em questão de semanas, o uso nacional de sacolas plásticas caiu em 94 por cento, e hoje quase todo mundo usa bolsas de compras de pano. O uso de sacolas plásticas se tornou socialmente inaceitável quase do dia para a noite, “tanto quanto não limpar a caca do seu próprio cachorro na rua.”
Este tipo de mudança em massa do comportamento pode ser visualizado como a interrupção dos “negócios de sempre,” (Business of usual) e isso exigirá muitas suspensões como essa, em pequena e grande escala, para que seja alcançada uma diferença concreta. Do ponto ético, porém, e querendo ver nossas crianças vivendo em um planeta hospitaleiro, como nós podemos fazer a diferença?
Existem muitas oportunidades positivamente para alterar os “negócios de sempre” em nosso cotidiano. Tem sido estimado que cada Americano gera 12.000 libras de carbono ao ano, 39 por cento a partir da produção de eletricidade, 32 por cento do transporte. Nós somos condicionados, e freqüentemente nos cegamos, para nossos hábitos e confortos — negócios de sempre— mas nós sabemos que eles podem ser modificados. A seguir apresento apenas alguns rotineiros comportamentos que podem estar significativamente melhorados com novos hábitos:
• Reduza pela metade o número de viagens que você faz de carro. Tome nota de quantas vezes você julga necessário usar seu carro diariamente. Permita que esse número o torne mais lúcido, e então tome atitudes: associe roteiros, adie ou cancele viagens dispensáveis, permute veículos com outros, caminhe, utilize mais transporte público, e assim por diante. De acordo com especialistas, morar perto do trabalho de forma que você possa caminhar ou tomar transporte público é a maneira número UM para reduzir seu consumo de energia.
• Seque suas roupas fora de casa ou pendure em lugar fechado. O secador (elétrico) de roupas é um desperdício colossal de energia e é agressivo com as roupas, que nós tenderemos a lavar muito freqüentemente de qualquer maneira. Erguer um varal é muito simples, e o sol e vento fazem um bonito trabalho secando, desinfetado e embranquecendo a roupa de lavanderia. Você também pode pendurar roupas para secar no inverno - o ar do inverno é muito baixo em umidade e roupas secam do lado de fora mesmo que demore um pouco mais de tempo. A roupa lavada pendurada dentro de casa, no inverno, ajuda a aumentar a umidade em um recinto fechado. Pendurar roupas para secar também previne vários efeitos co-laterais associados à lavanderia, a partir dos efeitos de produtos tóxicos derivados do petróleo, disruptores endócrinos, e fragrâncias nem sempre agradáveis.
Você não precisa de nenhum deles!
• Opte em ficar fora do sistema comercial e industrial de produtos alimentares. Utilize seu dinheiro com alimentos de fazendeiros e produtores em seu habitat, onde cresce a maior parcela daquilo que você come. Especialmente sustente fazendeiros de pasto! Escolha comer de acordo com a época aprendendo a se alimentar sazonalmente, de acordo com a época do ano, faça ou cultive todos os alimentos que você mesmo puder. Se for o suficiente que nós tomemos a iniciativa, logo se tornará algo politicamente incorreto consumir alimentos de supermercados tanto quanto já é usar sacolas plásticas!
• “Não existe qualquer tempo ruim, apenas vestuário inadequado,” alude um antigo dito, e vale a pena levá-lo ao pé da letra. Nós podemos aquecer nossas casas mais economicamente mesmo se nós não temos condições de instalar janelas térmicas, com isolamento extra ao fazermos um isolamento em nós mesmos, em camadas. Muitas camadas! Tente uma camiseta fina de seda, depois uma camisa ou blusa de algodão, finalmente um suéter de lã. Você pode nem precisa ligar um aquecedor. A maioria de casas e comércios é aquecida demais, o que é enervante e insalubre. É particularmente saudável respirar ar fresco de noite quando nós dormirmos—então diminua o termostato e vista um boné e meias na cama! No verão, resista ao uso de ar condicionado sempre que possível—instale toldos ou janelas refletivas para reduzir a luz do sol. E tenha certeza de tornar a temperatura de sua casa confortável. Não é necessário instalar dispendiosas janelas de duplo vidro. Um tubo de calefação paga por si próprio a energia armazenada tão logo ele seja colocado em uso; e cortinas e venezianas podem ser abertas e fechadas de acordo com o clima e a posição do sol.
REFERÊNCIAS (artigo anterior): a. http://en.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Vernadsky
Este artigo foi publicado em:
Wise Traditions in Food, Farming and the Healing Arts,
jornal trimestral da
Weston A. Price Foundation, Primavera de 2008.
Título Original: An Inconvenient Cow
Sobre o Autor:
Matthew Rales obteve seu MBA em Estudos Ambientais de Academia de Middlebury em Vermont. Ele recentemente completou um aprendizado na Fazenda Polyface de Joel Santriniem baseado em pasto e seguindo uma em pecuária e agricultura baseada em pasto em Polyface. (Joel Salantin’s Grass-based Polyface Farm).
Última Atualização (original): segunda-feira, 07 de dezembro de 2009 19:19.
tradução: José Carlos Brasil peixoto
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